AINDA O HOMEM FORTE DO GOVERNO LULA

Em entrevista na tarde de quinta-feira à Rádio Cultura Am, o ex-ministro José Dirceu que esteve em Paranavaí para uma palestra a empresários, veio apoiar a candidatura do filho Zeca Dirceu (prefeito de Cruzeiro do Oeste e pré-candidato a deputado federal) e conversar com alguns prefeitos da região. Sobre as articulações com o PMDB e PDT no Paraná, disse que conversou já por duas vezes com o senador Osmar Dias e também com o governador Roberto Requião, mas que ainda é muito cedo para qualquer conjuntura, porém o PT tem uma aliança histórica com o PMDB de oito anos. Dirceu ressaltou que assume no dia 20 de fevereiro como membro da diretoria nacional do partido, e que não foi convidado oficialmente para articular e coordenar a campanha de Dilma Rouseff a presidência, mas se convidarem terá imenso prazer em fazê-lo.

Todos nós sabemos que  José Dirceu já articula em diversos estados os apoios as candidaturas estaduais, inclusive, já tendo trocado  farpas com Ciro Gomes (PSB) no Ceará, o deputado federal não gostou do apoio que o PT teria dado naquele estado, e que não aceita pedido de Dirceu para desistir da candidatura à presidência.

Sobre sua cassação de 2005, José Dirceu disse que foi cassado sem provas, formou-se uma maioria para dar satisfação a imprensa e a opinião pública que a própria imprensa criou e da indignação que existia por causa da questão do mensalão que nunca existiu, o que existiu foi o problema do caixa 2. E diz ser engraçado porque agora não se fala em cassar ninguém, quando acontecem escândalos no PSDB, como o do  Leonel Pavan (vice-gov Santa Catarina) e com a governadora Yeda Crusius (Rio Grande do Sul) são até absolvidos em tudo. "O que eu quero é ser julgado pelo STF, porque tudo que foi investigado, eu fui absolvido, inclusive na devassa que a receita federal fez em minhas contas, não há nada contra mim, a minha cassação foi política, e depois do julgamento vou reivindicar anistia na camara dos deputados".